quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Doutor Estranho (Review)




ATENÇÃO:


O TEXTO A SEGUIR PODE CONTER SPOILERS, SARCASMOs e PALAVRÕES.

Doutor Estranho
Personagem dos baixos escalões da Marvel que ganha uma adaptação decente para o cinema e cai no gosto do público.
Seria redundante eu novamente falar da capacidade da Marvel Studios em tocar seus projetos.
O Doutor Estranho era aquele alívio no mix das revistas. Uma história diferente, com arte muito diferente onde grandes coisas aconteciam mas ninguém notava. Era... divertido.
A adaptação para os cinemas emula de forma maravilhosa toda a "loucura" das páginas do gibi. Visualmente incrível.
Mas é nas diferenças que o filme se sobressai
Começando pelo protagonista.
O Stephen Strange do filme é um cirurgião extremamente talentoso e egocêntrico que se considera infalível, mas que no fim das contas faz o seu trabalho, desde que ele julgue desafiador. Já nos quadrinho originais, o personagem era mesquinho e só aceitava trabalhos mediante pagamento de grandes somas de dinheiro. Essa amenizada é muito importante para se entender a jornada do Doutor no filme, pois embora arrogante, ele pratica o bem (a sua maneira).
Também acertada é a escolha da Anciã. Depois de tanto mimimi, no filme fica claro que não caberia o Ancião clássico dos quadrinhos ali uma vez que a personagem é, de certa forma, corrompida. Preservaram o original que, quem sabe, pode vir a aparecer no futuro.
Mordo também foi muito melhorado em relação ao original pois, além de funcionar muito bem ao lado dos "mocinhos", ganhou uma motivação interessante para tornar-se vilão, saindo do clichê "malvado e invejoso" de sua versão no papel.
Já os vilões, bom, de novo temos alguém poderoso manipulando as coisas e o vilão do filme é apenas uma marionete. Não é horrível, até funciona, mas podia ser melhor (embora quando da descoberta da sacanagem da Anciã eu tenha entendido melhor a postura dele).
Wong também ganha um merecido upgrade, eliminando um estereotipo que seria mal visto nos dias de hoje.
Mas o melhor de tudo, é que ao final não temos um grande herói. Temos um cara que ainda está aprendendo. Que ainda usa sua faceta "normal" mais do que a magia para resolver as situações.
Ou seja, ainda tem muita história pra contar (o que é ótimo).
Enfim, a Marvel mostra sua competência com um filme simples mas bem feito e que deixa grandes portas abertas para o futuro.
E que faz (mais uma vez) algo que eu achava quase impossível. Ver a arte de Steve Ditko ganhar vida fez correr uma lágrima. E ver Dormmamu em "carne e osso" superou mil vezes ver Thanos no final de Vingadores.
Ah!!!! Sim. Foi meu primeiro filme em IMAX. Não poderia ter escolhido melhor.
Espero que gostem!!

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